Novo Ano, Novo Site!

Olá, Minimalista!

É um prazer anunciar o nosso novo site!

A partir de Janeiro de 2020, todo o conteúdo do Minimalismo à brasileira foi transferido para o endereço www.minimalismoabrasileira.com.br !

Um novo visual, uma interface mais fluida e mais fácil (tanto para mim quanto para você!), em resumo, um novo lar para trocarmos experiências, vivências e reflexões sobre o Minimalismo em português.

Olha só que lindo o nosso novo site! www.minimalismoabrasileira.com.br

E também para conversarmos sobre sustentabilidade: pessoal e planetária!

Vem comigo! Vem para o www.minimalismoabrasileira.com.br, onde Menos é Mais com o nosso jeitinho!

Vamos juntos encontrar o que é essencial,

Ívi

PS.: Também tem muito conteúdo legal (e muito mais aparições desta que vos fala) no https://www.instagram.com/ivi.br/

Roupas

É verdade, roupas não são somente pedaços de pano que usamos para nos cobrir e proteger do frio. Elas também falam por nós, demonstram nossas preferências, nossa cultura, fase e estilo de vida.

Suas roupas te abraçam, abrace suas roupas. [Photo by Vonecia Carswell on Unsplash]

De certa forma, elas se tornam parte de nós, de nossa personalidade, da forma como existimos no mundo.

Escolher vestir roupas fora da nossa classe social é desafiar o sistema.

Vestir nossas origens e heranças é desafiar o sistema.

Existir da nossa forma é desafiar o status quo.

Viver é desafiar o sistema.

Armário Cápsula: tendência, empoderamento, confiança, produtividade, você.

O que Steve Jobs, Mark Zuckenberg, Barack Obama, Donna Karan e Drew Barrymore tem em comum? Um armário cápsula!
Uma imagem memorável, força para identificar e criar tendências e a compreensão de um problema chamado Fadiga Decisória.

Embora a ideia do AC date dos anos 1970, foi popularizada pelo lançamento de uma Coleção Cápsula pela estilista Donna Karan, com sete peças femininas intercambiáveis para trabalho nos anos 1980.
Thais Farage (influencer e consultora de moda) diz que moda é linguagem, e como tal, para ser aprendida, precisa ser estudada e praticada. A prática é se vestir, dia após dia de maneira consciente, com atenção e propósito.
Atenção e propósito… ingredientes essenciais quando buscamos construir um legado, viver consciente, deixar uma marca positiva no mundo.
Numa entrevista para a Vanity Fair, Obama explica seus ternos cinza e azul dizendo “Estou tentando diminuir a quantidade das minhas decisões […] porque eu tenho decisões demais para tomar”.
Fadiga Decisória é o cansaço mental que ocorre depois de tomarmos muitas decisões levando, em último caso, à ausência de foco e de energia, o que tende a nos levar a tomar ainda mais más decisões.
Além de Obama, famosas blogueiras como Caroline Rector (do blog Unfancy) e Lee Vosburgh (do Style Bee) declaram que o uso do AC traz calma e paz de espírito.
Eu faço AC desde 2015. E através dessa ferramenta pude notar e entender as mudanças do meu estilo e a forma como as roupas interagem com o meu corpo. É o mesmo que relata Drew Barrymore em seu artigo para a Refinery29.
Seja uma gola alta preta, jeans e camiseta, ternos azuis ou uma pequena coleção de peças-chave (7, 37 ou 33 por 3 meses: o Project 333) o AC é uma ferramenta ideal para agilizar suas manhãs, comprar roupas e começar seu dia com mais confiança!
E para ajudar você a dar os primeiros passos neste caminho, estamos realizando a nossa primeira Oficina de Armário Cápsula (de Verão) seguindo o método Project 333.
Se você quiser, você pode trazer suas roupas, montar seu AC e se beneficiar da mentoria in loco proporcionada pela pluralidade do grupo.

Então, empodere-se sobre a sua imagem, sobre o seu estilo, vista-se com agilidade e confiança, aprenda sobre que parte da moda interessa a você e como fazer melhor uso do seu tempo e dinheiro. Comece pelo Armário Cápsula! Dá uma olhada no nosso “comercial oficial”:

Minimalismo à brasileira apresenta sua primeira Oficina de Armário Cápsula (AC).
Nesta ocasião vamos juntos montar o nosso AC de Verão seguindo o método “Project 333”: 33 itens de vestuário criando um guarda-roupa para viver, trabalhar e se divertir por 3 meses.
Esta é a “turma beta”: eu montarei meu AC dividindo a experiência com as pessoas presentes. Se você quiser, você pode trazer suas roupas, montar seu AC e se beneficiar da mentoria do grupo.
Neste ingresso estão incluídos o acesso ao evento, um cafezinho de boas vindas (9-9.30), material impresso e, se você se dispor a trazer sua mala, a consultoria prática.
Para este evento estaremos oferecendo duas bolsas:
Bolsa de Trabalho: se você souber fotografar poderá garantir seu ingresso usando seus dons. Envie seu portfólio via e-mail no minimalismoabrasileira@gmail.com até 27.1.19, se vc for a pessoa escolhida, você fotografa o evento e usaremos o seu material para divulgação (com créditos, claro).
Bolsa ODS 5-10: nossa parte para reduzir as desigualdades, atingir a igualdade de gênero e o desenvolvimento sustentável deste nosso planeta. Se você se identifica como mulher negra, parda, indígena ou LGBTQ2S+, envie um e-mail também. Só eu e você saberemos quem recebeu a bolsa, esta bolsa é por ordem de chegada.

Adquira seu ingresso via https://is.gd/ACVerao ou no nosso perfil do Instagram: @ivi.br (e segue lá, às vezes eu apareço falando coisas…)

Ideias para salvar o mundo. Parte II: 12 anos ou “How dare you?”

Este post é um segmento/recapitulação da conversa que aconteceu na sexta 25.Out.19, por ocasião do Festival de Inovação de Campinas, quando eu realizei junto à Oca, no Terracota coworking uma Roda de Conversa chamada Minimalismo e Consumo Colaborativo: Ideias para salvar o mundo. Seguimos conversando sobre a famosa pergunta feita por Greta Thunberg ao questionar políticos que só falar e nada fazem para remediar a atual crise climática: “How dare you?” ou em dramático bom português “Como ousam?”

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Ideias para salvar o mundo. Parte I: O fim do mundo

Na sexta 25.Out.19, por ocasião do Festival de Inovação de Campinas, eu realizei junto à Oca, lá no Terracota coworking uma Roda de Conversa chamada Minimalismo e Consumo Colaborativo: Ideias para salvar o mundo. Este post é um segmento/recapitulação da conversa daquele dia. Começamos conversando sobre o que é o fim do mundo.

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Escutatória, de Rubem Alves

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.
Todo mundo quer aprender a falar… Ninguém quer aprender a ouvir.
Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil.

Diz Alberto Caeiro que “não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma”. Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia. Aí a gente que não é cego abre os olhos. Diante de nós, fora da cabeça, nos campos e matas, estão as árvores e as flores. Ver, é colocar dentro da cabeça aquilo que existe fora. O cego não vê porque as janelas dele estão fechadas Continuar lendo

Casamento Real, Casamento Minimalista

Um casamento tão esperado como o “Casamento Real”  do Príncipe Harry   e da atriz Meghan Markle, surpreende não só pela notoriedade, mas pelo sentimento e o minimalismo presente nas escolhas.

 

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“O que Deus uniu, ninguém separe”  o Arcebispo Justin Welby dando a benção final Fonte: Fonte: print da transmissão oficial via youtube

 

Caso você ainda não saiba, eu desembarquei na Inglaterra na semana anterior à Pascoa (de 2018). Durante este mês, venho observando a preparação geral para mais um esperado casamento real.

A mim, me surpreende muito que o casamento seja televisionado para países como o Brasil ( lembro de ter assistido o casamento do Príncipe Willian e Kate Middleton, com opções de comentários de moda, histórico-políticos e religiosos), mas hoje em dia, um evento como esse serve para consolidar a imagem da Inglaterra como potência mundial, e em última instância, esse é o exato motivo pelo qual vim parar aqui – minha bolsa de pósdoutorado tem por objetivo aumentar a reputação do Reino Unido como líder em inovação e pesquisa, e o Brasil foi considerado um parceiro estratégico. Então cá estou eu, assistindo ao casamento real ao vivo. Não… não em pub, e nem em um dos vários picnics organizados para isso, mas a partir do canal oficial da família real no youtube.

O que eu vi, e o que todo mundo viu (uma audiência estimada de 1.9 bilhões!), não tem nada de diferente de um casamento anglicano comum. A liturgia é exatamente igual seja para a família real ou para qualquer plebeu que se case na Igreja Anglicana. Seja no Reino Unido, na África, Estados Unidos ou Brasil, seguimos o Livro de Oração Comum, a única diferença é que a cerimônia será na língua local.

Mas esse casamento teve muitas coisas legais, que do ponto de vista minimalista, vale a pena comentar.

Flores: segundo a orientação, o templo nunca pode estar mais ornamento para um casamento do que para a festa da Páscoa. Então, sim, a igreja é linda, sim, tinham flores. Mas a igreja é linda porque foi construída no  final do século 14, em estilo  Alto Gótico, por encomenda do rei Edward III. Sobre as flores, em maior quantidade na área externa, foram escolhidas flores da estação: galhos de faia, bétula e choupo, rosas brancas de jardim, dedaleiras e peônias.  Boa parte delas não são flores de corte, mas plantas de jardim, que renascem a cada ano, sem precisarem ser replantadas. Elas foram especialmente escolhidas por serem pollinator-friendly plants, ou seja, plantas que favorecem a polinização por insetos, o que é muito legal, nesta épocas de extinção das abelhas que estamos vivendo!

O buquê, tão delicado, foi feito com flores colhidas pelo próprio noivo nos terrenos do castelo, algumas delas, escolhidas por serem as favoritas da mãe, a falecida  Lady Diana.

O noivo, capitão geral  do Royal Horse Guards and 1st Dragoons, vestiu o uniforme de gala do seu regimento, chamado popularmente de The Blues and Royals, por ser a junção de dois regimentos mais antigos o  Royal Horse Guards (chamados Oxford Blues – pela cor marinho do uniforme) e o Royal Dragoons, ambos de cavalaria montada. Prince Harry é famoso pela sua dedicação às forças armadas – ainda que todos eles sirvam – especialmente no serviço mais próximo aos soldados  lesionados em combate. Mesmo o uniforme de gala desse regimento é bem minimalista, se comparado aos outros batalhões, mas vem da origem de ser um batalhão de reconhecimento, onde discrição pode ser a chave para se manter vivo. Fato é que, todos os outros soldados desse mesmo batalhão estavam vestindo a mesma coisa – só não a barba… militares em serviço não usam barba, isso foi um toque pessoal do moçoilo,  que precisou de permissão para aprontar essa.

A noiva, famosa estrela americana da série Suits,  está se imbuindo do espírito de serviço do seu amado, e espressou o desejo de ter os 53 países da Commonweath (Comunidade das Nações britânicas) representados nesta jornada, e por isso a cauda do véu tinha em seu bordado 53 diferentes florais, característicos de cada nação. A tiara usada por ela, foi um empréstimo da Rainha Elisabeth II (como manda a tradição), foi feita em 1932 para a Rainha Mary, e abriga no centro um broche, presenteado à ela em 1893, por ocasião do seu casamento. Aí eu fico pensando: quer coisa mais minimalista que mandar fazer uma tiara para poder ter um melhor uso de um  broche de presente? Além, é claro, do vestido  ser bem minimalista, sem rendas ou bordados, mas sim, valorizando o tecido e a arte dos costureiros que trabalharam para fazer a peça modelar de forma perfeita à jovem noiva.

Os convidados: ainda que este casamento junte a realeza britanica com a hollywoodiana, o codigo de vestimenta dos casamentos britânicos é muito discreto em comparação a, digamos, um casamento brasileiro. Duquesa Kate, como de costume, repetindo roupa: usando o mesmo casaco em cerimônia pública pela quarta vez! Mesmo usando chapéus,  a maioria optou por versões discretas, afinal, não era o Derby. Uma cadeira vazia foi deixada em memória da mãe do noivo, coisas pequenas, mas que demostram o cuidado e carinho com que tudo foi planejado.

Presentes: o casal optou por receber como presentes doações para caridade. Sete ONGs foram escolhidas: CHIVA (Children’s HIV Association – Associação de crianças com HIV), Crisis (ONG nacional para moradores de rua), Myna Mahila Foundation (empoderamento feminino nas favelas de Mumbai), Scotty’s Little Soldiers (provê suporte para crianças que perderam os pais a serviço das forças armadas), StreetGames (esporte para empoderamento e educação infantojuvenil), Surfers Against Sewage (surfistas pela limpeza da costa marítima), The Wilderness Foundation UK (algo similar aos nossos escoteiros, usa o contato com a natureza para educação e empoderamento dos jovens). Essa atitude de pedir doações em vez de presentes, tem sido cada vez mais comum entre os ricos, famosos e óbvio, entre queles que acreditam que já tem o bastante e podem dividir e multiplicar a felicidade.

 

Casamento real

Saída sem arroz, mas com pompa e circunstância. Fonte: print da transmissão oficial via youtube

 

 

Em resumo: eu gostei muito, pelo cuidado com os detalhes. Mas o mais legal, é ter a consciência de que se pode influenciar os outros por meio desses tipos de ações, e chamar a atenção para causas (sejam sociais ou ambientais) que são importantes para nós, causando um impacto positivo, mesmo em meio a uma comemoração. Dizem que toda noiva, quer se sentir como uma princesa nesse dia tão especial. Agora, um casa mento digno de principes e princesas pode ser assim, minimalista.

 

 

Sustentabilidade se escreve com R

Seja na página do IDEC , nos vídeos do Menos um Lixo  ou mesmo no Ministério do meio Ambiente, a internet está cheia de bons recursos para aprendermos a criar um mundo mais sustentável. E não precisa de ABC, podemos só ficar na letra R mesmo:

Repense

Recuse, Reduza, Recupere, Reutilize, Reaproveite, Recicle, Respeite, Responsabilize-se. Em resumo: Repense

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Rótulos

Uma coisa importante sobre estilos de vida, é que eles não se adequam muito bem aos rótulos. Ainda sim, vamos tentar descrever alguns rótulos ligados ao minimalismo, para facilitar seu entendimento e escolhas futuras.

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Útil ou belo? O uso sobre a posse e o mito do conforto

Não tenha nada em sua casa que você não considere ser útil ou  belo.

William Morris,1834.

Um dos maiores medos de uma pessoa comum ao se  deparar com o mundo minimalista  é perder seu conforto, já que este, geralmente, foi conquistado à duras penas.

Muito dos objetos em nossa casa fazem muito mais sentido – e se tornam mais fáceis de desapegar – se pensarmos neles em relação à sua utilidade e não ao conforto. Por exemplo, um guarda-chuva, não importa quão belo seja, só é útil se nos proteger da chuva. Se ele quebra, é preciso consertar ou jogar fora e comprar um novo. O seu tecido pode ser reutilizado ao passar por um upcycling e virar uma bolsa, seu metal derretido e virar outra coisa, mas como guarda-chuva? Desapega! O mesmo podemos dizer daquela faca do chef sem fio, parada na gaveta, serve para quê? Passar manteiga? Conserta, afia ou desapega! Aquela roupa que não serve faz um bom tempo? Desapega! Doa, vende, recicla.

Nós guardamos muitas coisas por conta de sua beleza ou por atribuirmos algum valor sentimental à elas. Mas a lembrança não está no objeto em si, mas na nossa memória. Nós guardamos muitas coisas por conta de serem caras, sem considerar que nosso desejo era a grama cortada, e não um cortador de grama; que a moda muda ou que nós mudamos.

Sim, a tecnologia evolui, sim a imaginação humana não pára de nos surpreender. Não, você não precisa de tantas telas, de tantos livros, tantos gadgets, eletroeletrônicos, roupas, novidades, must haves, lançamentos,  cursos, eventos, festas.

Você pode usar sem possuir: um livro, um parque, um pôr do sol. Você pode viver sem fotografar: a alegria de estar junto, a cor de um dia de sol ou de chuva, a tristeza de perder algo ou alguém que se ama.

Para criar impacto, basta estar vivo. Você cria um impacto bom ou ruim?  O seu conforto gera que tipo de desconforto para o mundo? Algumas compras são inevitáveis, e as outras? Querer é precisar?